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Aquele foi um dos dias mais marcantes na vida de Iannes newborn. Depois de acompanhar seu mestre Janus por vários anos nas práticas do xamanismo, chegava o grande dia.
Aquele foi um dos dias mais marcantes na vida de Iannes newborn. Depois de acompanhar seu mestre Janus por vários anos nas práticas do xamanismo, chegava o grande dia.


O ritual aconteceu numa noite de festa na tribo. Havia uma grande fogueira, com os guerreiros dançando e cantando a sua volta. O som de tambores e flautas aborígenes dominava todo o ambiente. Janus, Iannes e alguns guerreiros escolhidos (entre eles, [[Karrak]]) entram em uma cabana preparada para o ritual.
O ritual aconteceu numa noite de festa na tribo. Havia uma grande fogueira, com os guerreiros dançando e cantando a sua volta. O som de tambores e flautas aborígenes dominava todo o ambiente. Janus, Iannes e alguns guerreiros escolhidos (entre eles, [[Karrack]]) entram em uma cabana preparada para o ritual.


A cerimônia começa com o mestre e o aprendiz bebendo o chá dos espíritos, uma mistura de ervas que ajudam a ver e ouvir os antigos espíritos da floresta. O ambiente é envolto por vapores do chá e fumaça dos incensos especiais. O som ritmado dos tambores e das flautas fazem o mestre e o pupilo entrarem em um estado de meditação profunda.
A cerimônia começa com o mestre e o aprendiz bebendo o chá dos espíritos, uma mistura de ervas que ajudam a ver e ouvir os antigos espíritos da floresta. O ambiente é envolto por vapores do chá e fumaça dos incensos especiais. O som ritmado dos tambores e das flautas fazem o mestre e o pupilo entrarem em um estado de meditação profunda.

Edição atual tal como às 09h30min de 23 de outubro de 2009

Iannes Newborn

Iannes, o anão xamã dos javalis negros, possui uma história estranha e um passado misterioso. Há muito tempo, ele fora encontrado na floresta, aos pés de uma montanha, desmaiado, todo ferido e debilitado pela fome e pela sede. Quem o encontrou foi Karrak, um jovem meio-orc, de apenas 10 anos, com quem, mais tarde, criaria uma forte amizade. Karrak levou o anão para a tribo dos Javalis Negros, que cuidaram de suas feridas e o alimentaram.

Quando recobrou a consciência, o anão foi indagado de onde veio e quem seria, mas ele não se lembrava. Tudo que ele lembrava era de acordar no topo da montanha, sem nada. Desceu a montanha durante alguns dias, sem comida nem água. Quando chegou à base , desmaiou de fome e cansaço.

Janus, o xamã da tribo, já havia sido informado dias antes pelo espírito do macaco, que um novo aprendiz chegaria à tribo, de uma maneira inusitada. O velho xamã, confiante na sabedoria dos espíritos, decidiu cuidar do anão e treiná-lo como aprendiz das artes xamânicas. Ele batizou o novo aprendiz de Iannes Newborn, pois o coitado não lembrava nem do próprio nome.

Grato por ter sido acolhido e salvo pela tribo dos Javalis Negros, Iannes estudou muito e aprendeu tudo o que pôde de seu mestre. Agora ele tem uma dívida para com sua tribo, que abraçou como a uma família, e para com Karrak. Iannes ficou sabendo da história do pai de Karrak, e prometeu protegê-lo e ajudar a encontrar seu pai.

Mas, apesar de se sentir feliz por ser um Javali Negro, o jovem anão vive incomodado por não se lembrar de seu passado. Ele acredita que os sonhos são revelações enigmáticas que os espíritos nos mandam, e toda vez que ele sonha, tenta interpreta-los, na esperança de lembrar de alguma coisa.

Um sonho em especial se repete com frequência. Num lugar muito escuro, iannes cai de costas de uma grande altura, enquanto olha para cima. Ao longe, uma imagem gigantesca do deus dos anões aponta para Iannes, como se o estivesse repreendendo. Ele cai por muito tempo, vendo apenas o deus anão e seus próprios braços, estendidos como que pedindo perdão. Durante todo o sonho, o sentimento de culpa e vergonha.

Quando busca a ajuda dos espíritos, eles se recusam a explicar o significado desse sonho. Mas quando sonha com outras coisas, os espíritos o ajudam, geralmente revelando apenas mensagens sem sentido, ou de pouca importância.

Desde quando fez seu ritual de iniciação e aprendeu a invocar a ajuda dos espíritos, iannes sempre os invoca pela manhã, logo ao acordar, sistematicamente. A primeira coisa que faz ao acordar, sempre, é chamar algum espírito e pedir ajuda para se recordar de seu passado.

Certa vez, o espírito da serpente se irritou com o jovem xamã, dizendo que não podia dizer nada, e que ele devia ter paciência. Mas, ao contrário, isso só fez com que iannes ficasse ainda mais curioso e desconfiado. Os espíritos sabem de alguma coisa e não querem revelar.


O Ritual de iniciação do jovem Xamã

Aquele foi um dos dias mais marcantes na vida de Iannes newborn. Depois de acompanhar seu mestre Janus por vários anos nas práticas do xamanismo, chegava o grande dia.

O ritual aconteceu numa noite de festa na tribo. Havia uma grande fogueira, com os guerreiros dançando e cantando a sua volta. O som de tambores e flautas aborígenes dominava todo o ambiente. Janus, Iannes e alguns guerreiros escolhidos (entre eles, Karrack) entram em uma cabana preparada para o ritual.

A cerimônia começa com o mestre e o aprendiz bebendo o chá dos espíritos, uma mistura de ervas que ajudam a ver e ouvir os antigos espíritos da floresta. O ambiente é envolto por vapores do chá e fumaça dos incensos especiais. O som ritmado dos tambores e das flautas fazem o mestre e o pupilo entrarem em um estado de meditação profunda.

Durante o transe, Iannes se vê em uma floresta muito escura, com apenas vestígios de suas roupas. Em seu pescoço, ele vê um pedaço entalhado de madeira, com algumas penas e pequenos ossos pendurados. na ponta, um crânio de macaco com o topo aberto, permitindo que se veja o interior, de onde sai uma bizarra luz azul bruxuleante, bem fraca. O pedaço de madeira é entalhado de forma a lembrar o corpo de um macaco agachado, com os braços cruzados sobre o peito. De uma das mãos, saem cordinhas feitas de couro de javali, que prendem penas de coruja de um lado, e pequenos ossos de rato no outro. Na outra mão, um guizo de cascavel.

Em sua frente, jogados no chão, ele encontra um machado grande de duas mãos, um escudo e uma lança. Ele percebe que deve fazer uma escolha, e pega o escudo e a lança. Assim que pega o escudo, um javali negro aparece correndo em sua direção, sendo perseguido por uma onça. Como escolheu o escudo, deve proteger o javali. Caso escolhesse o machado, deveria ajudar o javali a caçar algum outro animal.

Tão logo o javali passa pelo anão, este prostra-se entre o predador e sua caça, se preparando para a luta que se seguirá. Com muito sacrifício, Iannes vence a onça. O javali fica translúcido, para na frente do xamã. O animal começa a se transformar em uma espessa fumaça preta, que é sugada para dentro do crânio do totem. Um macaco, que assistia tudo de uma árvore próxima, também se aproxima, vira fumaça preta, e entra no totem. Iannes acha isso muito estranho, pois, pelo que tinha estudado, só um animal deveria entrar no totem.

O transe termina, e Iannes explica ao seu mestre tudo o que se passou.

- E então, meu pupílo? O quê você entende dessa experiência?

- Que sou destinado a proteger meus companheiros e minha tribo, assim como protegi o espírito do javali.

- E o Totem?

- O Totem representa um macaco, segurando couro de javali, penas de coruja, ossos de rato, e um guizo de cascavel. O macaco, o javali, a coruja, o rato e a serpente são os espíritos que me protegem e que me guiarão em minha vida. Devo manter o equilíbrio entre interesses conflitantes dos mais diferentes tipos de criaturas, e usar a sabedoria de cada espírito nos momentos adequados. O rato e a serpente são presa e predador, o javali representa a resistência e o espírito de luta do xamã, o macaco é a inteligência, e a coruja, a sabedoria. Só não entendo o macaco também ter se ligado ao totem junto do javali. Somente um espírito deveria entrar e ser o combatente.

- Isso é realmente muito estranho. Talvez um dia você descubra o significado disso. Agora vamos para fora. precisamos terminar a cerimônia de iniciação.

Eles saem da cabana e seguem para o centro da tribo, onde está a grande fogueira. Janus carrega consigo um objeto metálico parecido com um capacete, mas todo furado e vazado, fazendo com que o pouco metal que sobra forme runas e desenhos tribais. Atrás do capacete há um longo cabo, que termina em madeira trabalhada. Segurando neste cabo, Janus coloca o capacete no fogo, que fica vermelho como sangue. Em seguida, pega uma lâmina de pedra, que um guerreiro segurava ao lado. Iannes pede para que Karrak o segure, enquanto Janus raspa a cabeça de seu aprendiz. A lâmina de pedra não é muito afiada, e deixa a cabeça de Iannes toda esfolada, em carne viva. Ele aguenta firme, Janus termina de raspar, e, logo em seguida, pega o capacete do fogo, que volta a ter as chamas em sua cor natural. Com o metal ainda vermelho em brasa, coloca na cabeça de Iannes.

O jovem anão solta um urro de dor, que é abafado pelos tambores e pela cantoria dos membros da tribo.O anão cai desmaiado, e é levado para dentro da cabana. A tribo continua festejando por toda a noite, enquanto Iannes adormece. No dia seguinte, Iannes acorda no meio do dia, sem nenhuma dor e com as queimaduras da cabeça totalmente curadas. mas agora seu crânio, está coberto por estranhas cicatrizes, que formam desenhos tribais e pequenas runas ilegíveis. Apenas no alto da cabeça sobrou um pouco de cabelo, formando um moicano.


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