Luter Manazon
Elfo Ladino, Sexo masculino - 32 anos (aparente)
Se você não me conhece é porque nos vimos e você não me percebeu. Não me importa. Mesmo assim, levei parte de você comigo
Sinto muita saudade de minha família. A vida e a guerra não combinam, aprendi a odiar ambos. Desde que meus pais morreram na guerra, comecei a vagar pelo mundo. Meu medo se misturava com a angustia que sentia das organizações e indivíduos que sugava toda nossas vidas.
Passei por diversas cidades, nenhuma tão bela quanto a que vivíamos. Minha cidade natal havia magia - que não era controlada, havia alegria e um ambiente amistoso entre todos. Porém, todos foram convocados à guerra. Recusei-me a este feito e fugi. Consegui ficar escondido em uma aldeia por vários anos, até que um amigo, o qual conhecia meu paradeiro, me informou o fim da guerra e a morte de meus pais. A vida começou a mudar de foco para mim. A única coisa que levei de casa foram jóias, de minha mãe.
Enlouqueci com o tempo, a imagem turva da jóia se confundia com a imagem de minha mãe com o perder dos dias. Alojei-me em alguns buracos até que minhas peças de ouro acabassem, a partir daí comecei a viver nas ruas e praticar pequenos furtos.
Andando de cidade em cidade, certo dia próximo a um riacho, encontrei um corpo. Um humano trazia consigo algumas jóias, equipamentos e algumas pedras preciosas. O pouco senso que tinha, me fez a aprender sozinho a arte da ourivesaria, comecei a viver da venda de jóias.
A vida estava menos angustiante, mas o dinheiro que obtinha vendendo meu trabalho era muito pouco, comparado ao que minhas mãos e meus movimentos ligeiros conseguiam de outras formas.
Foi neste contexto que conheci Joan Khaaz, a principio um ladrãozinho que começou a tomar minha área mais lucrativa. Porém, estava o subestimando. A vida de Khaaz era muito semelhante a minha, aprendendo a imitá-lo consegui evoluir muito em minhas práticas. Até que senti que estava me tornando menos rude com a sociedade, como jurei a mim mesmo que seria quando minha família se foi. Peguei algumas coisas ‘emprestadas’ de Khaaz e mudei o sentido de minha caminhada.
Outra vez solitário. Porém, sempre com os mesmos pensamentos de coisas que poderiam acontecer, mas interrompidas por atos não cabíveis a mim. Tenho nojo do mundo em que vivo.