Azrael

Azrael nasceu em uma família nobre que reinava sobre um pequeno feudo ao norte do reino. Teve uma infância muito feliz, sempre acompanhando seu pai nas caçadas, sendo instruído em aulas para sua formação escolar por clérigos locais e treinando militarmente com o capitão da guarda do pequeno castelo. Nos momentos de folga brincava com seus irmãos mais velhos, Arthur e Ariel.

Seu pai, Sir Teobald, sempre foi um homem justo e um grande exemplo de líder para sua família e para seus súditos. Nunca abusou do seu poder sobre os seus aldeões e nunca deixou de proteger qualquer um deles dos constantes ataques de feras selvagens ou de grupos pequenos de goblinóides que tentavam roubar os mantimentos estocados ou seqüestrar pessoas para seus rituais malignos de sacrifício. Em todas as batalhas Sir Teobald partia na frente para liderar sua pequena milícia, sempre empunhando Dragonsbane, uma espada longa que vem sendo passada de pai para filho a várias gerações dentro da família von Orselen

Com esse ambiente a infância de Azrael foi muito tranqüila, sempre sendo instruído para se tornar um bom homem como seu pai, que alias sempre o impediu de acompanha-lo nas diversas batalhas que ocorreram ao longo de sua infância. Certo ano, quando Azrael completaria 15 anos, percebeu que algo não andava bem. As reuniões da cúpula de conselheiros de seu pai se tornaram muito freqüentes e a cada vez duravam mais tempo. Muitos desentendimentos estavam ocorrendo e seu pai parecia estar mais preocupado a cada dia que passava. Vários scouts foram enviados para um local que não tinha seu posicionamento informado a ninguém fora da cúpula, e nenhum deles voltou. Em um determinado momento Azrael vira seu pai e sua mãe discutindo e pode perceber claramente que seu pai queria enviá-los rapidamente em uma viagem para a capital do reino, pois seu feudo não eram mais seguro.

No dia seguinte, logo pela manhã enquanto sua família era arranjada em carruagens para viagem ele pode ver algo que jamais iria esquecer! O feudo onde passara a vida toda estava sendo atacada por uma criatura das mais ferozes e assustadoras que qualquer humano poderia conceber, um Dragão Vermelho! O covil da criatura era nas colinas próximas do castelo mas ela se encontrava hibernando a muito tempo e o que causara tanto furor no conselho é que recentemente parecia estar acordando de seu sono de décadas.

Não houve tempo para qualquer fuga! Azrael assistiu a toda a batalha, sangrenta, homens esmagados, estraçalhados, cortados ao meio ou carbonizados vivos. Todo o feudo foi destruído e sua família fora morta em meio ao combate. Por um milagre dos deuses Azrael sobreviveu, mas saiu do feudo derrotado. Não sobrou pedra sobre pedra e a única coisa que levou consigo daquele local foi a espada ensangüentada de seu pai (Dragonsbane) e a promessa de voltar para se vingar da fera que destruiu sua vida.

Azrael seguiu com sua vida como pode. Abandonou o feudo e foi tentar a vida mundo afora. Fez bicos, trabalhou de mercenário, passou muitos apuros e andou por várias cidades até que encontrou um templo dedicado a Bahamut onde, após uma grande cena devido a sua ignorância, foi acolhido. Mesmo causando muito mal estar ao entrar no templo blasfemando contra o grande dragão Bahamut, confundindo-o com um mero dragão vermelho, ele foi recebido de braços abertos e aconselhado. Com o tempo, após muita meditação e aprendizado seu ódio pela vida interrompida e pela besta que a tornara miserável foram transformados e Azrael finalmente encontrara o caminho que trouxe temperança a sua vida. Após anos de estudo no templo, um paladino se tornou e prometeu proteger as pessoas assim como seu pai fizera até o último suspiro.

De tempos em tempos se lembra dos bons tempos no feudo e medita para não deixar o ódio tomar conta. Sente saudades de sua família, olha para Dragonsbane e reza. As vezes se lembra da promessa de voltar a encontrar aquele dragão, mas recentemente conheceu uma pessoa que o fez repensar isso. Conheceu Karus, um dragonborn de quem se tornou um verdadeiro amigo. Se identificou com ele, pois ambos tiveram uma vida sofrida, cheia de altos e baixos, mas ao contrário do que fez, se apoiando em suas virtudes, Karus tomou o caminho do vício. No fundo Azrael sabe que Karus é uma ótima pessoa, e o considera como um irmão, e isso faz com que nunca desista de trazê-lo de volta ao bom caminho.

Azrael e Karus juntos montaram um grupo de aventureiros para se apoiarem mutuamente e atingirem seus objetivos. A dedicação de Karus ao grupo como se fosse sua própria família estimula Azrael a se tornar uma pessoa melhor a cada dia, por isso ele se sente mais responsável ainda pelo bem estar de seu amigo.

Como Karus acabou se tornando a única família de Azrael, este acabou por se conformar com a idéia de que terá de cuidar por muito tempo desse réptil beberrão. Só após isso poderá ir atrás do dragão para resolver as pendências que ficaram.